segunda-feira, 22 de julho de 2019

DE PASTOR PARA PASTOR

                                      DE PASTOR PARA PASTOR

Vivemos temos de mudanças,muitas ansiedades,porém muitas oportunidades e a esperança de que esta geração possa mudar a situação da família,da igreja e da sociedade.

Nessa linha de mudanças há interesse grande por novas idéias e percepções do que constitui certas organizações como a família,a igreja e a sociedade.

Para uma percepção real e verdadeira não podemos deixar de lado homens e mulheres que conseguiram em suas gerações,transformar instituições que formam a sociedade,se queremos fazer algo realmente valioso.

Assim,a primeira coisa que precisamos é aprender a desaprender cada vez mais coisas e cada vez mais depressa.

Recebemos uma grande sobrecarga de informações,precisamos de um fórum que reúna o que funcionou no passado e que certamente funciona hoje. Uma sociedade saudável hoje,depende de dois setores operando com eficácia e produtividade : Família e Igreja.

Em meio em tantas mudanças,algo permanece constante: nossa obrigação como líderes de transformar e melhorar nossa sociedade,fazendo-a atingir resultados positivos.

O desafio para nós líderes numa sociedade com conhecimento,traz-nos um desafio:redefinir nossa missão,que seja motivadora e não um peso,uma voluntariedade e não uma obrigação.O líder deve atrair e reter voluntários.

Pra isso,uma liderança que se preze deve ter uma missão clara:o que busca e como pretende alcançar tal objetivo.
O nosso contexto é de que tudo é transitório,mas nós como líderes temos a tarefa com nossa capacidade de administrar e de conhecer os fundamentos,organizar e mobilizar pessoas.

1. Pastor é uma questão de como ser e não de como fazer:

Passamos a vida aprendendo como fazer as coisas,mas no fim o que define são:a qualidade e o caráter que definem um pastor.

2. Pastor prospera mediante a disponibilidade das pessoas que eles lideram

A tarefa básica de um pastor é formar um grupo produtivo e motivado.Isso exigirá que eles atravessem fronteiras internas e externas do seu grupo,investir em pessoal e recursos,ser exemplo antes de cobrar de compromisso pessoal com o objetivo proposto.

3. Pastor constrói ponte ou é ponte 

O vínculo entre as pessoas está sumindo,logo o grande desafio para os pastores é construir uma família e uma igreja coesas,para  que a sociedade na qual estamos inseridos seja também coesa.A grande riqueza numa família,numa igreja é o relacionamento,em seguida a transmissão de uma  visão que estabeleça a comunicação entre seus liderados e a sociedade.

Nós pastores precisamos curar e unificar,ou seja,somos responsáveis pelos os que estão dentro das paredes como por aqueles que estão fora delas.Um verdadeiro líder sabe  que uma comunidade deteriorada não irá oferecer um ambiente benéfico e que esse ambiente depende da família e da igreja.

Nós pastores precisamos estar conscientes que num mundo sem respostas,a família e a igreja precisa ter e tem as respostas,fazendo-as conhecida,fazendo espalhar líderes em vários pontos da sociedade,e dentro das paredes criar uma organização de sistemas mais circulares e menos hierárquicos com base na cooperação e respeito mútuo.

Precisamos como pastores entender  que as pessoas precisam de uma missão que seja clara e instigante,que tenha uma razão de ser e de um propósito que percorra toda organização sem fins lucrativos ou uma empresa privada,para isso precisa de gerenciamento e condução.É essencial ser articulado valores e mobilização em torno desses valores ,incorporados em prol da missão.

O mundo tem desejo ardente por ideias,o que demonstra a preocupação destes como o futuro e a vontade de mudar situações.Os grandes líderes de ideias não vivem em torres de marfim,mas dedicam-se aos outros e preocupam-se profundamente com os outros.Medem o sucesso pelo impacto concreto de seu trabalho.

Coisas surpreendentes acontecem quando damos espaço a pessoas criativas.Com pessoas assim não é necessário temas determinados,revisão do trabalho,mas apenas damos oportunidade.

Em tempos frágeis pessoas conscientes sabem que não há respostas rápidas e fáceis,porém a qualidade das ideias e a autenticidade das ações podem moldar o futuro.A qualidade da liderança precisa ser aumentada,isso se faz estimulando a reflexão,apoiando a ação e incutindo esperança,sem deixar de dar uma olhada nos resultados.

O objetivo desse livro é proporcionar um conhecimento capaz de transformar sua maneira de pensar e agir.Nosso mundo é carregado de informações,mas cumpri-las é uma tarefa difícil e como pastor você não pode aceitar menos que isso.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

TEMA : LIDANDO COM AS CARÊNCIAS

                                      LIDANDO COM AS CARÊNCIAS


1. AS CRISES DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Vivemos uma crise de moralidade,numa deformidade crescente do caráter,com a quebra dos princípios morais,levando a relativação,gera a disfunção de cada membro na família.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Revolução Pineliana

REVOLUÇÃO PINELIANA


Philippe Pinel é considerado por muitos o pai da psiquiatria.

Defensor de que o doente mental não fosse tratado com violência ,começou a classificar algumas doenças mentaisquisars como demência precoce ou esquizofrenia.

Depois de ter perdido um amigo que suicidou por causa de uma demência,foi para os manicômios e nele ficou por 5 anos,estudando esses casos de demência precoce ou esquizofrenia

A revolução pineliana fundaram uma nova tradição para a investigação e pratica psiquiátrica marcada entre o saber e técnica,que aproveitando a Revolução Francesa pregavam a Liberdade nos hospícios e igualdade entre sãos e doentes.

Pesquisar: http://www.scielo.br/pdf/rlpf/v11n3/14.pdf


Com a demência sendo vista como patológica tudo deveria ser reformado na psiquiatria,já que era uma doença que poderia ser adquirida e também por ela esconder interditos e enfermidades sociais ,tudo deveria ser revisto.

Para isso é necessário rever remontar a Antiguidade,onde a loucura era vista com alucinação por influência divina,depois à Idade Média,onde a Igreja considerava como coisas da bruxaria,chegando ao Humanismo revolucionário de Philipe Pinel influências e de rivados para a loucura ser vista como patlógica

Pesquisar em http://www.erh2014.pr.anpuh.org/anais/2014/338.pdf

Há vários modelos aplicados atualmente :

1. O modelo mítico

2. O modelo psicológico

3. O modelo organicista


Pesquisar em http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/12432-12433-1-PB.pdf

A considerada Revolução Pineliana remonta da chamada Grande Internação do século XVI até os nossos dias

Pesquisar em https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/15056/15056_3.PDF

segunda-feira, 4 de março de 2019

Manicômios,prisões e conventos

                                  Manicômios,prisões e conventos


COMPORTAMENTO EM CENTROS CLÍNICOS E SEU MUNDO SOCIAL

Essas pessoas desenvolvem uma vida própria que se torna significativa,razoável e normal,para quem se aproxima destes.Eles vivem numa vida fechada e formalmente administrada.O objetivo é mostrar o mundo dos internados nesse mundo fechado e ter uma visão do seu mundo social:

CARACTERÍSTICAS DAS INSTITUIÇÕES TOTAIS

.EXAME GERAL DESSAS INSTITUIÇÕES E QUE CONTA COM PARTICIPAÇÃO INVOLUNTÁRIA

. A CARREIRA MORAL DO DOENTE MENTAL ,QUE CONSIDERA OS EFEITOS DESSAS INSTITUIÇÕES SOBRE A VIDA SOCIAL DOS INTERNADOS 

.A VIDA ÍNTIMA DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA E A LIGAÇÃO QUE O INTERNO MANIFESTA À SUA CELA 

.MODELO MÉDICO E A HOSPITALIZAÇÃO DE DOENTES MENTAIS E AS EQUIPES ESPECIALIZADAS PARA ESTES DOENTES 


Os estabelecimentos são salas.edifícios para esta atividade.Há lugares com membros fixos que apresentam um serviço continuo e  pessoas que os recebem,outros com moradias e fábricas  com menos participantes,outras fornecem atividades,onde as pessoas obtém seu status social,outras fornecem agremiações e outras isoladas,naturais e produtivas,cujo internos são uma ameaça à sociedade ( sanatórios etc),outros para quem constitui um perigo intencional(penitenciária etc...) , outros para tarefas mais adequadas certas tarefas (quarteis etc...),outros para refúgio do mundo(conventos etc...)

Esses grupos não possuem características comuns,mas que permite usar métodos de tipos ideais.

Uma disposição básica da sociedade moderna é que o indivíduo tende a dormir,trabalhar em diferentes lugares,com diferentes co-participantes,sob diferentes autoridades,sem plano racional geral.

O aspecto central dessas instituições é a ruptura das barreiras que separam as esferas d vida :

. aspectos realizados no local sob uma autoridade.

. fases da atividade diária do participante na companhia imediata de um grupo de pessoas.

. atividades diárias com rigor de horário imposto de cima por um sistema de regras formais e explícitas 

. atividades obrigatórias planejadas para atender aos objetivos oficiais


Esses aspectos são encontrados em outras instituições mas com aspectos voluntários e com cuidado para que a linha comum de autoridade não se estenda a eles.Tais pessoas não são arregimentadas,sem atividades diárias 

AGRUPAMENTOS DAS INSTITUIÇÕES:

1. Cuidas de pessoas inofensivas e incapazes ( cegos,idosos etc )

2. Cuidar de pessoas incapazes de cuidar de si mesmas,mas são ameaça para a sociedade de maneira não intencional (sanatório para tuberculosos,doentes mentais e leprosários )

3. Cuidar de perigosos intencionais,não sendo uma necessidade imediata o bem estar dessas pessoas. ( cadeias etc )

4.Realizar de forma adequada determinadas tarefas ( quartel etc ... )

 Assim como há restrição para conversa entre as fronteiras, há também restríções a transmissão de ínformações, sobretudo informação quanto aos planos dos dirigentes para os internados,pois geralmente não tem certeza de seus destinos.

Essas restrições ajudam conservar os estereótipos antagônicos.São dois mundos sociais e culturais diferentes que caminham juntos com pontos de contato oficial com pouca interpenetração.

O edifício da instituição e seu nome passam a ser conhecido pela equipe dirigente como pelos internados como algo que pertence a equipe de dirigentes.

O salário( incentivo) do interno seja qual for a fonte,mantem o dirigente bem restrito,isso vai exigir um planejamento desses internos.

Em alguns casos se exige tão pouco trabalho dos internos que os menos instruídos sofrem extraordinários  aborrecimentos.

Em outros casos o trabalho é feito lentamente devido o sistema de pagamento geralmente cerimoniais .( o cigarro semanal e presente,levam doentes mentais permanecerem no trabalho)

Há casos que se exige mais dias de trabalho sob a ameaça de castigos,outros um sistema ate de escravidão onde pode haver desmoralização pelo sistema.

As isntituições são incompatíveis com a familia,devido a vida solitária.A força de uma instituição depende da supressão de um circulo completo de lares .

O interesse sociólógico é que essas instituições sejam um híbrido sociológico ou seja parcialmente uma comunidade residencial e   formal.


                                                 O MUNDO DO INTERNADO


Os internados chegam com uma cultura aparente do mundo da família (forma de vida e um conjunto de atividades mais amplo),essas instituições modificam para que acompanhem os costumes externos,mas nunca uma aculturação.Quando a estadia é longa o interno,geralmente se tornou desculturado,o que o impede de exercer algumas atividades naturalmente.

Para o internado "estar dentro" no sentido específico sem "ir para fora",assim sem fazer uma mudança cultural,as instituições usam essa tensão como força de controle.

Ele chega à instituição com um conceito degradado,profanado e humilhado de si mesmo,o seu eu está mortificado,e isso não é só da família mas das sociedades em geral e isso se torna uma barreira que mutila o eu.Na instituição por não poder exercer seu papel civil,esse papem é despojado.As visitas restritas e a proibição de saídas provoca uma ruptura com seu papel passado,perdas estas irrecuperáveis e que são dolorosamente sentidas pelos internos,fora que em algumas instituições alguns direitos são negados.

Os vários processos de admissão no novo lugar,praticamente exige uma nova história de vida( tirar fotografia,pesar,impressões digitais etc ). A máquina esquece que ali está um ser humano,e esquece de todas as suas bases anteriores.Obter a obediencia completa do interno é uma utopia diante destes processos todos.Até mesmo apelidos eles recebem,para mostrar sua posição ali dentro.Esse processo de admissão é marcado por duas palavras: despedida e um começo e o ponto médio é a nudez,mas o que mais marca é a mutilação do eu.

Ele entra em um recinto padronizado,às vezes com bens que pertencem a instituição e substitui o que ele tinha com confiscos periódicos de bens,tendo seu estojo de identidade,e na verdade ele passa por uma desfiguração pessoal e física,e perda de segurança pessoal,pois nada garante sua integridade física.Movimentos e posturas podem ser vistas como aviltadas( comer com colher,posição de sentido,beijar os pés,encurvar-se etc...).Obrigado a dar respostas verbais humilhantes não de reverencia mas de deferência,pedir as coisas com humilhação e é muitas vezes desrespeitado.

É obrigado a cumprir uma rotina diária que são incompatíveis com  o seu eu.Exposição contaminadora.Não pode manter com ele objetos que o identifica com o seu eu la fora,tendo sua privacidade profanada,ficando a merce de pessoas que fazem o que se chama "terapia do meio".São vistos por visitantes em situações humilhantes,em alguns exames médicos são expostos e o internado nunca está sozinho e sempre expostos.

Há lugares em que urinar e defecar é permitido apenas 1 vez no dia e com o tempo contado.Alimento as vezes sujo,local e objetos pessoais e a violação interpessoal,num contato social imposto.A revista pode ser feito ate por um exame retal,violando todo  território do seu eu.Fora a mistura de grupos etários que é um problema,numa atmosfera de extrema promiscuidade,sem vida reservada,visitas intimas sádicas 

Confissões onde pares de pacientes são obrigados a discutir em reunião de grupos.E o que dizer da terapia de choque diante de um grupo de observadores,diante das agoniantes convulsões num espetáculo aterrorizante e inconsciente.

Outros ataques ao eu: circuito,onde as reações dos internos ao que é imposto é a base para novos castigos,quando a reação sao formas de defesa ao eu.

Outra forma é o chamado segregação,onde entre o papel e a audiencia impede que confissões e exigencias quanto ao eu não são vistas em outros ambientes,pois nesses lugares a conduta é lançada contra ele.A luta em comportar-se bem numa entrevista,termina gerando provas contra ele,e servirão de base para o tratamento.

Outra forma é a maneira imprecisa de arregimentação e tirania,analisando somente sua produtividade,assim a atividade imposta quando não cumprida nunca é entendida diante de outras atividades a se fazer,roubando do individuo a capacidade de equilibrar-se,o queé visto como violencia ao eu.A delicadeza sao atitudes desnecessárias nestas instituições.

A arregimentação é outra forma de ataque ao eu,onde há uma obrigação de se cumprir certas ordens.

Autoridade escalonada,onde certos títulos ou cargos tem o direito de impor disciplina a qualquer dos considerados abaixo o que leva a uma angustia crônica quanto à desobediencia às regras e consequencias como a degradação,remoção,usando a estratégia do medo,exigindo esforço persistente e permanente.

Isso afeta o eu,pois tais instituições mostram ter certa autonomia ao seu mundo,dendo os internos como crianças sem autonomia e liberdade de ação.Sendo essa a base para o diagnóstico.A perda da decisão individual nasceu nos campos de concentração com narrativas de toda atrocidade possivel,numa versão menos em hospitais para doentes mentais para que sua vontade pessoal seja renunciada,num método não ritualizado mas tão mas igualmente extremo por perturbar a autonomia.

O estado contemplativo busca a redução do eu pela auto-mortificação,restrições pela renuncia,pancadas pela auto-flagelação e a inquisição pela confissão,isso gera a ineficiencia pessoal e desinteresse entre a relação dos seus desejos e os da instituição.

Paralelo a isso há o que se chama "estadio "(pagamento por trabalho,confraternização,ler jornais,recreação,e os ajustamentos secundários que é a obtenção de privilegios proibidos o que dá a idéia de uma certa autonomia e com a criação de códigos surgem as facções,onde o sistema força o apoio mutuo.Esse sentimento de culpa é muito forte para esse apoio muto nas instituições,justificando para ele seus atos como vingança,tornando-se criminoso.

Essa atitude acontece com quem está fora de uma instituição e tem objeções de consciencia.

O sistema poderia criar uma forma de vida que evitasse  efeitos destrutivos,convertendo a rejeição social em auto-rejeição,da hostilidade com os outros a uma proteção do seu eu.

Há várias formas de adaptação ao que foi criado como regra:

A regressão,onde interno deixa de dar atenção a tudo(psicose de prisão)

A intransigencia,onde o interno desafia a instituição( o interno tem que ser detido )

A colonização(já comentada acima)

A conversão onde o interno aceita as regras e procura viver de maneira perfeita

Assim,os internos criam uma cultura,numa preocupação consigo mesmo,uma história pessoal cheia de lamentação e auto defesa e excesso de piedade.

Veem o tempo internado como perdido e que precisa ser apagado,isso explica os devaneios e objeções

A saída do interno é tão angustiante que a volta passa a ser mais desejada do que sída,pelo medo de nao "se dar bem" la fora,por isso aos que saem tem comportamento estranho que são formas de usurfruir do que não tinha quando interno.Com o tempo ele tenta aplicar o sistema da instituição na sociedade,e cria-se um estigma,que ele tenta esconder.Ele não consegue entender(aos que teve privilegios),como ele sai do topo de um pequeno mundo para um lugar baixo de um grande mundo.


O MUNDO DOS DIRIGENTES


Formado por pessoas racionais e conscientes para atingirem determinadas finalidades como a reforma dos internados para um determinado alvo ideal.Essa atividade entre oq eu faz e o que deveria fazer é o contexto da instituição.O  produto são pessoas,porém possuem característica de seres inanimados,pois exigem que o que foi feito seja acompanhado numa papeleta.Fora que alguns direitos dos internos precisam ser respeitados.O controle emocional,muitas vezes se torna dificil,devido esse relacionamento





terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

ABORDAGEM METODOLÓGICA

                                        ABORDAGEM METODOLÓGICA


OBJETIVO: 

OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE COMO UMA METODOLOGIA APROPRIADA PARA O TRABALHO DO PSICÓLOGO ESCOLAR.

ISSO IRÁ PERMITIR PESQUISAR AS ESTRUTURAS DAS RELAÇÕES SOCIAIS,OFERECENDO SOLUÇÕES ALTERNATIVAS PARA OS PROBLEMAS QUE POSSAM SURGIR.


A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO


A PSICOLOGIA NASCEU NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX NA EUROPA,NUMA SOCIEDADE CAPITALISTA INDUSTRIAL,TENDO UMA UNIDADE IDEOLÓGICA E NÃO CIENTIFICA.

A PSICOLOGIA ESCOLAR VISA SELECIONAR,"selecionar, orientar, adaptar e racionalizar, visando um aumento da produtividade".De mãos dadas com a psicometria,desenvolveu um conjunto de atividades onde se destacam a avaliação da prontidão, organização de classes e diagnósticos e encaminhamentos de crianças com"distúrbios de aprendizagem".

No Brasil,influenciada por essas práticas e teorias, impregnada pelas idéias do chamado"modelo clínico" , onde os problemas são equacionados em termos de saúde x doença e eram interpretados como sintomas determinados por fatores subjacentes ao indivíduo.

Nesse modelo o conceito de patologia é central e o ambiente é secundário,assim implementa-se conceitos liberais ao modelo capitalista dos países ocidentais,principalmente no terceiro mundo.

Como essa sociedade tem no individualismos seu principal suporte ideológico,encontrou total aceitação or depositar no indivíduo os principais determinantes dos problemas psicológicos.

A escola reflete e reproduz as situações sociais que caracterizam tal modelo de sociedade,no Brasil as desigualdades sociais,isso é interiorizado,subjetivado pelos que estão na escola,sendo traduzidos na forma de relacionamento e auto-percepção.Isso é comum quando alguns que se interpretam acham "burros",devido seus fracassos ,

O que é uma questão social passa a ser individual.

A partir dos anos 60 o modelo liberal marca os cursos de estruturação dos cursos de psicologia,possibilitando o estabelecimento do círculo vicioso entre o modelo de formação e a imagem social da profissão,pois o psicólogo é visto como o profissional atuando em consultório com a função de curar pessoas com problemas psicológicos.

De acordo com uma pesquisa feita em 1981 pelo Conselho Regional de Psicologia ocorre tardiamente o que interfere na visão que os alunos desenvolvem sobre a área menor ou de pouco peso.De 1981 pra cá pouca coisa mudou nos cursos,tanto que o conceito de trabalho em consultórios continua.

O psicólogo é visto como um mágico,que resolve todos os problemas de uma criança,que geram 2 hipóteses:

1. Transferir responsabilidades,isso faz o psicologo ser bem vindo

2. Expressão de um mecanismo de defesa e isso não é bom para o psicólogo.

Outra pesquisa feita em 1994 mostra que as solicitações pelas escolas estavam num âmbito clínico ou seja,esperava-se que as crianças fossem tratadas fora do ambiente escolar e após cura fossem inseridos.

Numa pesquisa recente mostra que 40% dos psicólogos atuam em consultórios e 8% em escolas,mostrando que o consultório particular continua sendo o setor predominante do psicólogo.

Numa investigação feita em Ribeirão Preto o psicologo exerce mais a função de disciplinador escolar,esperando deste  resolução das dificuldades de aprendizagem,indisciplina etc....refeltidos na escola.

O neoliberalismo ou re-atualização e a formação acadêmica contribuem para isso.


                                       O PSICÓLOGO ESCOLAR


COTIDIANO ESCOLAR 

A escola é uma instituição sócio\cultural com valores,expectativas ,onde professores e alunos trazem suas culturas e históricos.Nessa trama de complexos processos se faz necessário uma nova concepção da escola,pois tradicionalmente a escola é"um aparelho do estado".

No mundo capitalista a escola não é a mesma,pois este é muito diversificado e diferenciado.Na realidade a escola é "uma construção social e uma construção de cada escola",algo muito local e particular,o que faz seu dono estatal assumir ou ignorar,sendo essa particularidade o ponto de partida para as alternativas pedagógicas.

O profissional parte desses pressupostos para :

1. Analisar cotidianamente a história acumulada

2. Buscar no seu presente os elementos estatais e civis básicas da escola


Ou seja:o que é convergente e o que é divergente na forma de existir da escola.O cotidiano escolar e não o consultório passa a ser o espaço de trabalho do psicólogo onde analisará a atividade cotidiana,apropriação,elaboração e refuncionalização ou repulsa do que serve e não serve.

Isso fará o profissional ter um quadro social do que representa tal escola ou sua representação social,onde a partir de uma abordagem socio-cultural o profissional terá acesso às estruturas e terá condição de desvelar o mecanismo ideal para o processo eficiente de avaliação para que ele exerça a função de psicologo escolar 

Esses dados por si não produzirão uma metodologia,mas a metodologia  já existe para ser aplicada aos dados conhecidos ou avançar no que já existe( ciencias sociais,)reconstruindo processos e estabelecer processos através da observação participante.

Deve-se levar como ponto de partida a Antropologia,Na observação participativa,o profissional observará papéis e hábitos para chegarem à fatos,situações e comportamentos.

Malinowisk o sistematizador das regras  das regras metodológicas para a pesquisa antropológica,defende que somente a imersão no cotidiano de uma cultura se pode compreendê-la para que seja mais que objetiva ou científica.

Brandão o pesquisador afirma:"Mais que conhecer para explicar o cientista precisa compreender para servir ",Isto sim irá contribuir para solucionar os conflitos emergentes nas relações sociais( dominação e opressão)(preconceito e discriminação),chamada por Brandão como "relação de implicação"ou seja "vida na comunidade"

Clifford Geertz. contribui com a emergencia do campo hermenêutico da antropologia ou seja na interpretação ou leitura que forma o texto etnográfico.

Damatta considera isso na Antropologia ciencias da "comutação e mediação",onde o observador sempre tem um ponto de vista mais real .Na verdade o ideal é a junção dos 2 elementos:científico e interpretativo.

Tedlok aponta que o dominio das ciencias  sociais caracteriza-se pelo repertório de conhecimento e expectativas da cultura comum compartilhado com seus participantes e criado a partir da interação dos mesmos.É daí que surge o texto etnográfico


A TENSÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR


De um lado ele deve estabelecer do ponto de vista analítico um certo distanciamento do cotidiano escolar por outro uma relação de implicação para ter-se a teoria e a epistemologia para uma intervenção saudável .

O psicólogo escolar deve partir da sua história,do cotidiano e auxiliado pela ciencia crie oportunidade para que o coletivo da escola construa e crie necessidades para si ,transforme as condições e os mecanismos de construção dos significados implícitos nas relações dentro e fora da escola

Ter o que Andreazzi chama de identidade subjetiva para que se saiba como as pessoas se vêem e se vêem,isso determinará a dinâmica,poderes,resistencias e percepções