Manicômios,prisões e conventos
Manicômios,prisões e conventos
COMPORTAMENTO EM CENTROS CLÍNICOS E SEU MUNDO SOCIAL
Essas pessoas desenvolvem uma vida própria que se torna significativa,razoável e normal,para quem se aproxima destes.Eles vivem numa vida fechada e formalmente administrada.O objetivo é mostrar o mundo dos internados nesse mundo fechado e ter uma visão do seu mundo social:
CARACTERÍSTICAS DAS INSTITUIÇÕES TOTAIS
.EXAME GERAL DESSAS INSTITUIÇÕES E QUE CONTA COM PARTICIPAÇÃO INVOLUNTÁRIA
. A CARREIRA MORAL DO DOENTE MENTAL ,QUE CONSIDERA OS EFEITOS DESSAS INSTITUIÇÕES SOBRE A VIDA SOCIAL DOS INTERNADOS
.A VIDA ÍNTIMA DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA E A LIGAÇÃO QUE O INTERNO MANIFESTA À SUA CELA
.MODELO MÉDICO E A HOSPITALIZAÇÃO DE DOENTES MENTAIS E AS EQUIPES ESPECIALIZADAS PARA ESTES DOENTES
Os estabelecimentos são salas.edifícios para esta atividade.Há lugares com membros fixos que apresentam um serviço continuo e pessoas que os recebem,outros com moradias e fábricas com menos participantes,outras fornecem atividades,onde as pessoas obtém seu status social,outras fornecem agremiações e outras isoladas,naturais e produtivas,cujo internos são uma ameaça à sociedade ( sanatórios etc),outros para quem constitui um perigo intencional(penitenciária etc...) , outros para tarefas mais adequadas certas tarefas (quarteis etc...),outros para refúgio do mundo(conventos etc...)
Esses grupos não possuem características comuns,mas que permite usar métodos de tipos ideais.
Uma disposição básica da sociedade moderna é que o indivíduo tende a dormir,trabalhar em diferentes lugares,com diferentes co-participantes,sob diferentes autoridades,sem plano racional geral.
O aspecto central dessas instituições é a ruptura das barreiras que separam as esferas d vida :
. aspectos realizados no local sob uma autoridade.
. fases da atividade diária do participante na companhia imediata de um grupo de pessoas.
. atividades diárias com rigor de horário imposto de cima por um sistema de regras formais e explícitas
. atividades obrigatórias planejadas para atender aos objetivos oficiais
Esses aspectos são encontrados em outras instituições mas com aspectos voluntários e com cuidado para que a linha comum de autoridade não se estenda a eles.Tais pessoas não são arregimentadas,sem atividades diárias
AGRUPAMENTOS DAS INSTITUIÇÕES:
1. Cuidas de pessoas inofensivas e incapazes ( cegos,idosos etc )
2. Cuidar de pessoas incapazes de cuidar de si mesmas,mas são ameaça para a sociedade de maneira não intencional (sanatório para tuberculosos,doentes mentais e leprosários )
3. Cuidar de perigosos intencionais,não sendo uma necessidade imediata o bem estar dessas pessoas. ( cadeias etc )
4.Realizar de forma adequada determinadas tarefas ( quartel etc ... )
Assim como há restrição para conversa entre as fronteiras, há também restríções a transmissão de ínformações, sobretudo informação quanto aos planos dos dirigentes para os internados,pois geralmente não tem certeza de seus destinos.
Essas restrições ajudam conservar os estereótipos antagônicos.São dois mundos sociais e culturais diferentes que caminham juntos com pontos de contato oficial com pouca interpenetração.
O edifício da instituição e seu nome passam a ser conhecido pela equipe dirigente como pelos internados como algo que pertence a equipe de dirigentes.
O salário( incentivo) do interno seja qual for a fonte,mantem o dirigente bem restrito,isso vai exigir um planejamento desses internos.
Em alguns casos se exige tão pouco trabalho dos internos que os menos instruídos sofrem extraordinários aborrecimentos.
Em outros casos o trabalho é feito lentamente devido o sistema de pagamento geralmente cerimoniais .( o cigarro semanal e presente,levam doentes mentais permanecerem no trabalho)
Há casos que se exige mais dias de trabalho sob a ameaça de castigos,outros um sistema ate de escravidão onde pode haver desmoralização pelo sistema.
As isntituições são incompatíveis com a familia,devido a vida solitária.A força de uma instituição depende da supressão de um circulo completo de lares .
O interesse sociólógico é que essas instituições sejam um híbrido sociológico ou seja parcialmente uma comunidade residencial e formal.
O MUNDO DO INTERNADO
Os internados chegam com uma cultura aparente do mundo da família (forma de vida e um conjunto de atividades mais amplo),essas instituições modificam para que acompanhem os costumes externos,mas nunca uma aculturação.Quando a estadia é longa o interno,geralmente se tornou desculturado,o que o impede de exercer algumas atividades naturalmente.
Para o internado "estar dentro" no sentido específico sem "ir para fora",assim sem fazer uma mudança cultural,as instituições usam essa tensão como força de controle.
Ele chega à instituição com um conceito degradado,profanado e humilhado de si mesmo,o seu eu está mortificado,e isso não é só da família mas das sociedades em geral e isso se torna uma barreira que mutila o eu.Na instituição por não poder exercer seu papel civil,esse papem é despojado.As visitas restritas e a proibição de saídas provoca uma ruptura com seu papel passado,perdas estas irrecuperáveis e que são dolorosamente sentidas pelos internos,fora que em algumas instituições alguns direitos são negados.
Os vários processos de admissão no novo lugar,praticamente exige uma nova história de vida( tirar fotografia,pesar,impressões digitais etc ). A máquina esquece que ali está um ser humano,e esquece de todas as suas bases anteriores.Obter a obediencia completa do interno é uma utopia diante destes processos todos.Até mesmo apelidos eles recebem,para mostrar sua posição ali dentro.Esse processo de admissão é marcado por duas palavras: despedida e um começo e o ponto médio é a nudez,mas o que mais marca é a mutilação do eu.
Ele entra em um recinto padronizado,às vezes com bens que pertencem a instituição e substitui o que ele tinha com confiscos periódicos de bens,tendo seu estojo de identidade,e na verdade ele passa por uma desfiguração pessoal e física,e perda de segurança pessoal,pois nada garante sua integridade física.Movimentos e posturas podem ser vistas como aviltadas( comer com colher,posição de sentido,beijar os pés,encurvar-se etc...).Obrigado a dar respostas verbais humilhantes não de reverencia mas de deferência,pedir as coisas com humilhação e é muitas vezes desrespeitado.
É obrigado a cumprir uma rotina diária que são incompatíveis com o seu eu.Exposição contaminadora.Não pode manter com ele objetos que o identifica com o seu eu la fora,tendo sua privacidade profanada,ficando a merce de pessoas que fazem o que se chama "terapia do meio".São vistos por visitantes em situações humilhantes,em alguns exames médicos são expostos e o internado nunca está sozinho e sempre expostos.
Há lugares em que urinar e defecar é permitido apenas 1 vez no dia e com o tempo contado.Alimento as vezes sujo,local e objetos pessoais e a violação interpessoal,num contato social imposto.A revista pode ser feito ate por um exame retal,violando todo território do seu eu.Fora a mistura de grupos etários que é um problema,numa atmosfera de extrema promiscuidade,sem vida reservada,visitas intimas sádicas
Confissões onde pares de pacientes são obrigados a discutir em reunião de grupos.E o que dizer da terapia de choque diante de um grupo de observadores,diante das agoniantes convulsões num espetáculo aterrorizante e inconsciente.
Outros ataques ao eu: circuito,onde as reações dos internos ao que é imposto é a base para novos castigos,quando a reação sao formas de defesa ao eu.
Outra forma é o chamado segregação,onde entre o papel e a audiencia impede que confissões e exigencias quanto ao eu não são vistas em outros ambientes,pois nesses lugares a conduta é lançada contra ele.A luta em comportar-se bem numa entrevista,termina gerando provas contra ele,e servirão de base para o tratamento.
Outra forma é a maneira imprecisa de arregimentação e tirania,analisando somente sua produtividade,assim a atividade imposta quando não cumprida nunca é entendida diante de outras atividades a se fazer,roubando do individuo a capacidade de equilibrar-se,o queé visto como violencia ao eu.A delicadeza sao atitudes desnecessárias nestas instituições.
A arregimentação é outra forma de ataque ao eu,onde há uma obrigação de se cumprir certas ordens.
Autoridade escalonada,onde certos títulos ou cargos tem o direito de impor disciplina a qualquer dos considerados abaixo o que leva a uma angustia crônica quanto à desobediencia às regras e consequencias como a degradação,remoção,usando a estratégia do medo,exigindo esforço persistente e permanente.
Isso afeta o eu,pois tais instituições mostram ter certa autonomia ao seu mundo,dendo os internos como crianças sem autonomia e liberdade de ação.Sendo essa a base para o diagnóstico.A perda da decisão individual nasceu nos campos de concentração com narrativas de toda atrocidade possivel,numa versão menos em hospitais para doentes mentais para que sua vontade pessoal seja renunciada,num método não ritualizado mas tão mas igualmente extremo por perturbar a autonomia.
O estado contemplativo busca a redução do eu pela auto-mortificação,restrições pela renuncia,pancadas pela auto-flagelação e a inquisição pela confissão,isso gera a ineficiencia pessoal e desinteresse entre a relação dos seus desejos e os da instituição.
Paralelo a isso há o que se chama "estadio "(pagamento por trabalho,confraternização,ler jornais,recreação,e os ajustamentos secundários que é a obtenção de privilegios proibidos o que dá a idéia de uma certa autonomia e com a criação de códigos surgem as facções,onde o sistema força o apoio mutuo.Esse sentimento de culpa é muito forte para esse apoio muto nas instituições,justificando para ele seus atos como vingança,tornando-se criminoso.
Essa atitude acontece com quem está fora de uma instituição e tem objeções de consciencia.
O sistema poderia criar uma forma de vida que evitasse efeitos destrutivos,convertendo a rejeição social em auto-rejeição,da hostilidade com os outros a uma proteção do seu eu.
Há várias formas de adaptação ao que foi criado como regra:
A regressão,onde interno deixa de dar atenção a tudo(psicose de prisão)
A intransigencia,onde o interno desafia a instituição( o interno tem que ser detido )
A colonização(já comentada acima)
A conversão onde o interno aceita as regras e procura viver de maneira perfeita
Assim,os internos criam uma cultura,numa preocupação consigo mesmo,uma história pessoal cheia de lamentação e auto defesa e excesso de piedade.
Veem o tempo internado como perdido e que precisa ser apagado,isso explica os devaneios e objeções
A saída do interno é tão angustiante que a volta passa a ser mais desejada do que sída,pelo medo de nao "se dar bem" la fora,por isso aos que saem tem comportamento estranho que são formas de usurfruir do que não tinha quando interno.Com o tempo ele tenta aplicar o sistema da instituição na sociedade,e cria-se um estigma,que ele tenta esconder.Ele não consegue entender(aos que teve privilegios),como ele sai do topo de um pequeno mundo para um lugar baixo de um grande mundo.
O MUNDO DOS DIRIGENTES
Formado por pessoas racionais e conscientes para atingirem determinadas finalidades como a reforma dos internados para um determinado alvo ideal.Essa atividade entre oq eu faz e o que deveria fazer é o contexto da instituição.O produto são pessoas,porém possuem característica de seres inanimados,pois exigem que o que foi feito seja acompanhado numa papeleta.Fora que alguns direitos dos internos precisam ser respeitados.O controle emocional,muitas vezes se torna dificil,devido esse relacionamento
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